quinta-feira, 2 de julho de 2009

O virtual que é real



Um mash up de ideias e plataformas que misturam minha vida entre o real e o virtual. Não que o virtual não seja exatamente real, não é?! Mas é que nessa divisão ou aglutinação maluca em que vivemos, nada mais natural do que confundir os conceitos e fazer dos perfis sociais, por exemplo, o nosso espelho - ainda que porcoshopado, prática que eu odeio. Falo disso porque de um tempo pra cá tenho cada vez mais passado o dia quase inteiro conectado e olha, isso não tem sido ruim. Pelo contrário. Perceber que essa mistura é positiva e pende para o lado da vida real é uma surpresa.

Quanto mais eu falo, digito, converso e conheço via web, mais a minha vida 'de verdade' aqui fora torna-se mais movimentada. Só no trabalho, gerenciamos o conteúdo de 3 websites diretamente. Entre blogs e outros mais tranquilos, que bebem menos frequentemente de atualizações. Para isso, são contabilizadas por dia aproximadamente 200 (duzentas, gente) atualizações no twitter - entre perfis que sigo e os meus próprios updates em uma avalanche de links e pensamentos que chegam a cada minuto, refrescando o meu navegador cerebral com conteúdo bacana. Santo Twitter. Filtramos aqueles que nos interessam, que sabemos que irão nos completar com informação pertinente para todos os momentos, inclusive os cômicos, de maneira rápida e sem encheção de saco. Tô dizendo por aí que o Twitter é a assessoria de imprensa de um futuro próximo. Já é, né.

Especialmente nos últimos dois dias tenho acompanhado a cobertura quase que integral - se assim estivesse eu disposto e disponível - da Flip 2009. O twitter da Feira é atualizado feito metralhadora com links das mesas de leitura, debates e postagens no blog flip. Além, é claro, do fantástico e maravilhoso link ao vivo em parceria com o portal G1, onde eu me jogo com força nas leituras, conheço e revejo autores queridos e passo o meu tempo. Tudo assim. Multiplataformal. Incrível.

Falo disso para ilustrar um pouco da sensação que tenho ao observar as ferramentas no nosso trabalho diário com comunicação. Projetando o universo online como uma plataforma que não é tão pretensiosa quanto pintam, mas tão ou mais poderosa do que imaginam, vejo claramente recursos que me ajudam, me ensinam e me emocionam. A sensação cresce sobretudo nesses tempos de queda de diploma, fato pessoalmente representativo, uma vez que estou com um dos pés na porta da formatura e me pergunto 'Justo agora?'. Porém isso é outra questão, também comentada no twitter, vejam só!

Además, sentar e observar essas misturas entre o online e o offline, o fulltime e o ausente, o real e o imaginário, sonho e suor, é tão mágico quanto viver tudo isso dentro de uma vida só. Largando os medos, peneirando algumas bobagens e aceitando aquilo que nos é útil e nos faz crescer. Pois só assim, assumindo o virtual como espelho do real, podemos potencializar nossas forças e vontades afim de um mundo mais conectado, mais humano e mais diferentemente igual.